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domingo, 13 de janeiro de 2013
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Balanço 2
E eis que me esqueci de um facto importantíssimo de 2012: ultrapassei um dos meus maiores pânicos de sempre - falar em público!
Foram décadas e décadas de um pânico irracional. Em cada trabalho de grupo ou mesmo numa roda de pessoas menos conhecidas ficava aflita, depois saíam-me frases que, numa situação normal, jamais teriam eco fora de mim. Ainda acontece. Sou socialmente pouco habilidosa... é um facto!
Resolvi desafiar-me. Propus-me uma tarefa que dependia em tudo da minha capacidade de conseguir comunicar com adolescentes... como sempre, é tudo ou nada! E foi tudo. Para mim, claro. Por eles nem me atrevo a falar, mas espero que se tenham divertido.
E 2012 fica na minha história como o ano em que enfrentei algumas turmas de alunos, falei, dei a volta a perguntas para as quais não tinha resposta alguma e desenrasquei-me dentro do aceitável.
Falta referir que o projecto foi magicado para o voluntariado que já fazia há algum tempo (e espero continuar a fazer) e que um projecto de voluntariado é mesmo isto: dar para receber o dobro (ou mais) em troca.
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
Balanço
Mudámos a data do calendário. Aterrámos num ano 13 o que só pode significar boa sorte.
O meu ano só começa dentro de dez dias, é uma coisa cá minha - só viro a página depois de completar mais um inverno e, por isso, até lá é tempo de balanço: foi um ano bom o que passou!
Foi generoso e estável, teve até espaço para alguma expansão profissional (que é coisa que me "atormenta" sempre).
Não me lembro se perdi algum amigo, mas sei que ganhei alguns. A saúde acompanhou todos os "meus". Fui uma mãe presente, mas menos paciente do que devia: tenho um filho admirável - de ficar a admirá-lo mesmo - as suas palavras, os seus raciocínios fazem-me inchar de orgulho. O seu mau feitio, por outro lado, faz-me respirar fundo e recordar que tem apenas 2 anos e meio e que não posso exigir-lhe um comportamento "adulto"!
Foi um ano bom - percebi que ser mãe é melhor se continuar a ser mulher e que posso ir jantar fora com o meu amor sem me sentir culpada. Pude ir a um dos concertos da minha vida com uma das minhas companheiras de viagem. Rimos, lacrimejámos, bebemos - não exactamente por esta ordem.
Percebi a importância das energias de cada pessoa e o poder que podem ter sobre mim - esta descoberta foi crucial - haja velas para espantar negativismos!
Fiz muita praia. Passeei e pude partilhar este amor ao desassossego com os meus mais que tudo. Que continuam a ser os meus mais que tudo e essa condição é o que mais quero que se mantenha neste ano.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
Já passou...
e nem doeu muito. O mr. Scrooge que há em mim tende a desaparecer à medida que o meu pequeno cresce. Foi um Natal bonito!
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Do trabalho
O friozinho na barriga quando há um bom trabalho para fazer. Gosto. Precisava que fosse uma rotina semanal, pelo menos.
Gosto de trabalhar. Sempre gostei. Às vezes sinto-me desmotivada, especialmente quando me faltam desafios que, realmente, me desafiem. Enfado-me muitas vezes pela rotina (que nem faz muito parte do meu trabalho). Sinto-me capaz de fazer mais. E tendo a ter ideias... muitas ideias... umas geniais (sim, sim...) outras nem tanto.
Uma vez, alguém previu que eu iria ter duas carreiras paralelas e acho que já tenho: a minha actividade profissional e a actividade mental. Se precisarem de ideias, peçam-me: sonhar é a minha especialidade!
E o bom trabalho de hoje correu bem e há poucas coisas que me deixem tão satisfeita.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Correu tudo bem até aos embrulhos...
É verdade! Fiz coisas! Alguns trabalhos diferentes para escolher o que sairia melhor. Houve caixinhas de feltro, decoupage em velas, chupa-chupas coloridos e até pintura em vidro (na verdade são só umas pintinhas). A decoupage não me saiu lá grande coisa, mas o resto está vistoso pelo que me decidi a fazer uns embrulhos com um exemplar de cada coisa para a família mais próxima. Tudo certo, tudo escolhido, papel, fita e fita-cola comprados e aqui vamos nós aos embrulhos. Pois foi aqui mesmo que tudo se desmoronou... as formas não são fáceis e o jeitinho que julguei ter durante um par de horas sumiu-se-me como se fosse um bom feitiço que se tivesse evaporado. Os embrulhos dão dó de tão feiosos que estão. Não queria comprar sacos de papel já feitos porque isso iria contra o espírito da coisa, mas talvez me renda: temo transformar-me naquela pessoa da família que aterroriza os demais com o seu artesanato simplório e embrulhos medonhos.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
Feeling crafty
Desde há 3 anos que os presentes de Natal foram substancialmente reduzidos em valor monetário. Razões há várias e a mais importante nem é o corte de ordenado que temos vindo a sofrer (sofrer é a palavra certa). A certa altura (em licença de maternidade, com demasiado tempo em casa, portanto) assumi que entrar em lojas e escolher coisas era um cansaço desnecessário e que preferia gastar esse tempo a fazer coisas, eu mesma! Não sou dotada para as artes manuais, mas ajeito-me na cozinha e nos natais passados já tivemos compotas, chás, gomas, bombons, extracto de baunilha e açúcares aromatizados.Também já tivemos pequenos quadrinhos de recortes para os mais pequenos e cds com músicas infantis do "antigamente". E fotos. Muitas fotos do piratinha!
Este ano, a questão coloca-se: estarei preparada para o próximo passo? Conseguirei deixar o básico e arrsicar em algo mais elaborado (pelo menos para mim) como uma découpage, um trabalho em feltro... ?!
A ver vamos... fica aqui o compromisso: vou tentar!
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Derrotada
Os ingleses diriam defeated. Nó dizemos derrotado. É derrotada que me sinto. O peso do mundo e a sua verdade escapam-me sempre um pouco. Sou privilegiada: tenho pais sãos, filho são, amigos sãos, tenho emprego, alguma folga para poder comprar algo especial de vez em quando... não me posso queixar.
As circunstâncias levaram-me a ter dois reality shock, esta semana: ir ao cinema ver O Amor (Michael Haneke) e visitar um centro de acolhimento temporário para crianças e tem sido de difícil digestão.
Por mais que o meu mundinho seja rosado, há muitos pintados de cinzento escuro e não convivo bem com isso. Podia alhear-me e pensar: é a vida! E é mesmo, no seu estado menos feliz, provocando sofrimento a pessoas que ainda ou já não o mereceriam. É, fatalmente, egoísta pensar no meu estado de espírito perante isto e é por isso que começo logo a engendrar maneiras de aliviar algumas situações. Todos podemos fazer alguma coisa: façamo-la. Essa pequena coisa precisa de ser feita tal como os grandes actos heróicos de quem se ache capaz disso. Façamos qualquer coisa. Por nós.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
A drogaria
Confesso que sou uma admiradora da Catarina Portas e tenho uma pontinha de inveja da ideia da Vida Portuguesa. Sou o que se chama, uma nostálgica do que não vivi e daí a minha obsessão com rádios locais que ainda têm locutores (e músicas) do tempo da outra senhora.
Ontem à tarde, tive que ir à drogaria aqui do burgo. É daquelas lojas onde entro de década a década - até porque numa dessas décadas estava a 200km de distância - e tive um daqueles ataques em que me apetece comprar tudo: do sabonete de glicerina à comida para passarinhos. Aquilo é tão igual ao que era quando eu tinha 8 anos e lá comprava as bombinhas de mau cheiro para o Carnaval! Continua a ter de tudo, com aquele cheiro muito característico da mistura de coisas e é uma Vida Portuguesa real. É mesmo assim, genuína e estas lojas também precisam de ser preservadas - o seu trunfo é, eventualmente, a sua falta de modernidade.
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