aventuras semi-urbanas

Toda a gaja que vive sozinha sabe que há coisas para as quais preferíamos ter companhia. Falo de ir ao supermercado. Empurrar carrinhos, carregar sacos... uma ajuda masculina seria bem-vinda! Mas o pior não é isso. O pior é quando chegamos à caixa! Tirar do carrinho, pôr na passadeira, tirar da passadeira e pôr no saco, tentando ser o mais rápida possível para não atrapalhar os vizinhos de trás. Criaturas que a esta hora já deixaram de tentar perceber por que razão temos iogurtes magros, barras de cereais dietéticas e depois um chocolatão hiper calórico (que pode apetecer e só um de vez em quando não faz mal a ninguém...). Criaturas essas que se deslocam em bandos de, no mínimo, 3 elementos (sendo que um é pdc de certeza), e que nos cercam o pequeno espaço que temos para fazer toda aquela operação do põe no saco, põe no carrinho... e começamos a transpirar e a jurar que, para a próxima vamos para a caixa dos deficientes e grávidas (lagarto, lagarto, lagarto). Aconteceu-me hoje. Eles eram quatro, dois machos e duas fêmeas. Os machos afastaram-se logo! As duas fêmeas posicionaram-se: uma com as mãos dentro do seu carrinho, a outra de saco aberto à espera das encomendas ainda a funcionária não tinha começado a pôr os meus pertences a fazerem pi pi pi! Com o bom humor que me tem caracterizado nos últimos dias, dei-lhe a entender que precisava de um saquinho para colocar as minhas míseras compras, ou seja, tentei agarrar um dos 500 sacos que ela tinha já abarbatado. Missão só possível quando parou tudo à espera que me despachasse e eu larguei um inocente: não tenho saco... a senhora importa-se?! A minha delicadeza foi suficientemente explícita e a fêmea lá me dispensou um dos seus saquitos de plástico... Obrigadinhos, sim? (Ó cabra!)