quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

A drogaria

Confesso que sou uma admiradora da Catarina Portas e tenho uma pontinha de inveja da ideia da Vida Portuguesa. Sou o que se chama, uma nostálgica do que não vivi e daí a minha obsessão com rádios locais que ainda têm locutores (e músicas) do tempo da outra senhora.
Ontem à tarde, tive que ir à drogaria aqui do burgo. É daquelas lojas onde entro de década a década - até porque numa dessas décadas estava a 200km de distância - e tive um daqueles ataques em que me apetece comprar tudo: do sabonete de glicerina à comida para passarinhos. Aquilo é tão igual ao que era quando eu tinha 8 anos e lá comprava as bombinhas de mau cheiro para o Carnaval! Continua a ter de tudo, com aquele cheiro muito característico da mistura de coisas e é uma Vida Portuguesa real. É mesmo assim, genuína e estas lojas também precisam de ser preservadas - o seu trunfo é, eventualmente, a sua falta de modernidade.

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